Nesta segunda-feira (25/3),
Jair Bolsonaro admitiu ter passado dois dias na Embaixada da Hungria
em Brasília, após uma ação da Polícia Federal que resultou na
apreensão de seu passaporte em fevereiro. “Confirmei minha
presença na embaixada e continuo mantendo diálogos com líderes
globais sobre interesses nacionais. O resto é pura especulação”,
disse Bolsonaro, destacando sua rede de contatos internacionais.
O The New York Times revelou vídeos de segurança que registram a
chegada de Bolsonaro à embaixada no dia 12 de fevereiro, numa
segunda-feira de Carnaval, apenas quatro dias após a apreensão de
seu passaporte pela PF, em meio a investigações sobre uma suposta
tentativa de golpe para se manter no poder.
Durante
sua estadia, de 12 a 14 de fevereiro, Bolsonaro estava acompanhado
por dois seguranças, conforme as imagens obtidas pelo jornal. A
imprensa tradicional faz analogia do caso à situação de Julian
Assange, fundador do WikiLeaks, que buscou asilo na embaixada
equatoriana em Londres de 2012 a 2019 para evitar sua prisão, até
que seu asilo foi revogado pelo Equador.
Além disso, Bolsonaro tem amizade com o primeiro-ministro
húngaro, Viktor Orbán, um conhecido conservador. Eles se
encontraram em Buenos Aires no início de dezembro, durante a
cerimônia de posse de Javier Milei na Argentina, evidenciando a
aliança política entre os dois líderes.