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Brasil registrou nesta segunda-feira (8) 1.116 mortes por dengue
em 2024, um recorde histórico, segundo dados do Painel de
Arboviroses do Ministério da Saúde. É uma média de 11 óbitos
diários. Estima-se que no mesmo período do ano passado, o país
tinha 388 mortes, em três meses. Até o momento, 2.963.994 casos
foram confirmados nos primeiros meses deste ano. Dos casos prováveis,
55,3% são de mulheres e 44,7% de homens. O painel informa, ainda,
que 1.807 óbitos estão em investigação. De acordo com a
secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da
Saúde, Ethel Maciel, a projeção é que o país atinja 4,2 milhões
de casos de dengue em 2024.
Por conta do aumento de casos e de
mortes, 11 estados decretaram emergência por causa da dengue –
Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo, Santa Catarina, Amapá, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito
Federal. A dengue do sorotipo 1 é a mais recorrente no Brasil e está
em todos os estados. Na sequência, vem o sorotipo 2, presente em 24
estados e no Distrito Federal. O Estado do Rio de Janeiro registrou
também na semana passada os primeiros casos do Sorotipo
3, que não circulava no Estado desde 2007.
Os
principais sintomas da dengue são febre
alta
(superior a 38°C), dor no corpo e articulações, náuseas e
vômitos, dor atrás
dos olhos, mal-estar; falta de apetite, dor de cabeça e manchas
vermelhas no corpo. A vacina está disponível atualmente para
crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que vivem em municípios com
população maior ou igual a 100 mil habitantes, alta transmissão de
dengue nos últimos dez anos e predominância do sorotipo 2 do vírus.