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Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, explicou como de fato
vai funcionar a nova Medida Provisória (MP), anunciada pelo governo
federal, que aloca R$ 50,9 bilhões para auxiliar na recuperação do
estado após a devastadora catástrofe climática. Durante uma
entrevista concedida a Datena, no programa Brasil Urgente da TV Band,
Leite destacou a “boa vontade” do governo, mas sublinhou que os
recursos não seriam transferidos diretamente para o governo estadual
e que cerca de R$ 30 bilhões são emprestados ao estado.
“É um recurso de empréstimo, a
gente mapeia pelo menos R$ 19 bilhões em custos adicionais que o
Estado vai ter para reconstruir estrada, ponte, escola, construir
casas, equipamentos públicos e outras ações. (…) Há uma boa
vontade nas discussões, mas até agora não fechamos o caminho em
que isso vai se dar”, disse Leite.
“Nesse caso, o dinheiro não é
‘dado’, ele já pertence às pessoas, e o governo federal está
apenas antecipando”, esclareceu Leite. Ele explicou que os fundos
seriam aplicados em financiamento para empresas afetadas,
empréstimos, antecipação de Bolsa Família e restituição do
Imposto de Renda, ressaltando que esses recursos não atendem
diretamente às necessidades imediatas de reconstrução do estado.
O governador reconheceu a
complexidade das ações necessárias para enfrentar a crise em
várias frentes e mencionou que ainda existem “questões pendentes”
que precisam ser discutidas com o Palácio do Planalto. “Estamos
mapeando pelo menos R$ 19 bilhões em custos adicionais que o estado
enfrentará para reconstruir estradas, pontes, escolas, construir
casas e equipamentos públicos, entre outras ações”, detalhou
Leite, enfatizando a necessidade de um plano mais concreto para a
aplicação dos recursos anunciados.