A
Medida Provisória que cria o Auxílio Reconstrução, benefício
destinado a quem vive em áreas afetadas por catástrofe no Rio
Grande do Sul foi publicada em edição extra do Diário
Oficial da União (DOU),
nesta quarta-feira (15). O texto, assinado mais cedo pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita ao estado, tem validade
imediata, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. O apoio
financeiro consiste no pagamento de parcela única no valor de R$
5.100 às famílias atingidas.
Pelas
regras do programa emergencial, o benefício será limitado a um por
família, considerando aquelas enquadradas como desalojadas e
desabrigadas, segundo a lei que instituiu a Política
Nacional de Proteção e Defesa Civil. A MP prevê que o acesso
ao recurso dependerá das informações, a serem enviadas pelas
prefeituras, sobre as famílias atingidas, além de uma
autodeclaração do próprio beneficiário. A autodeclaração
incluirá obrigatoriamente documentação que comprove por qualquer
meio o endereço residencial da família.
O
Auxílio Reconstrução poderá ser pago aos titulares de outros
benefícios assistenciais ou previdenciários, com prioridade para
mulheres. A operacionalização dos pagamentos ficará sob a
responsabilidade do Ministério da Integração e do Desenvolvimento
Regional e será creditado pela Caixa Econômica Federal por meio de
conta poupança social digital, de abertura automática em nome do
beneficiário, ou de outra conta em nome do beneficiário nessa mesma
instituição financeira.
Ministério
extraordinário
Em
outra MP, também publicada no DOU, é criada a Secretaria
Extraordinária da Presidência da República para Apoio à
Reconstrução do Rio Grande do Sul, que será ocupada pelo
ministro Paulo Pimenta, já nomeado ao cargo por meio de decreto
presidencial.
A
atuação da pasta será o enfrentamento da calamidade pública e o
apoio à reconstrução do estado, por meio da coordenação das
ações a serem executadas pela administração pública federal
direta e indireta, em conjunto com a Casa Civil da Presidência da
República.
As
atribuições incluem o planejamento das ações, articulação com
os ministérios e com os demais órgãos e entidades federais,
governo estaduais e municipais do Rio Grande do Sul, interlocução
com a sociedade civil, inclusive para o estabelecimento de parcerias,
bem como da promoção de estudos técnicos junto a universidades e
outros órgãos ou entidades especializados, públicos e privados.
O
texto também remaneja dez cargos para a composição da
nova estrutura, sem aumento de despesas e prevê que a Secretaria
Extraordinária ficará automaticamente extinta dois meses após o
encerramento do estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul.
Para
a vaga de Pimenta na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da
Presidência da República, o presidente nomeou, de forma interina, o
jornalista pernambucano Laércio Portela.