O avião da
presidente do Palmeiras, Leila Pereira, desembarcou em
Sorocaba nesta terça-feira (21), com cerca de 100 animais resgatados
em meio às enchentes do Rio Grande do Sul.
Imagens feitas no local mostram o momento em que as
gaiolas de transporte são descarregadas e alguns dos
bichinhos são soltos no hangar. A aeronave foi para Caxias
do Sul com alimentos e medicamentos para animais,
junto de cerca de 30 veterinários. Este
tipo de ajuda já vinha sendo oferecido pela
dirigente palmeirense desde a semana passada, quando 30
bichos foram resgatados após o
transporte de toneladas de alimentos. Dona de 16
cachorros, Leila é entusiasta da causa animal. A
presidente do clube alviverde comprou o avião em
2023 para facilitar a logística do Palmeiras, mas também
com a intenção de fretá-lo para outros clubes por
meio de sua empresa Placar Linhas Aéreas. Depois de uma
falha técnica ocorrida antes de a delegação voltar
da Colômbia, em agosto do ano passado, a aeronave
passou por uma manutenção e só foi liberada para voo recentemente.
Os esforços
para resgatar animais afetados pelas
chuvas no Rio Grande do Sul têm
gerado grande mobilização por todo o país. Até o fim da
semana passada, mais de 11,9 mil animais haviam
sido resgatados das enchentes que devastam o
estado, de acordo com a Defesa Civil. A
força-tarefa de resgate e cuidados desses animais envolve
milhares de voluntários, alguns até vindos de outros
Estados, assim como agentes do poder público. Há médicos
veterinários, biólogos e pessoas com as mais diversas profissões,
muitas nunca antes ligadas à proteção animal.
Apesar da mobilização, há casos
com desfechos mais dramáticos envolvendo animais. A
rede de pet shops Cobasi confirmou, na segunda-feira, a
morte dos animais da loja do Shopping
Praia de Belas, em Porto Alegre, inundada desde o
último dia 3. Membros da ONG Princípio Animal estiveram na
unidade para tentar resgatar bichos que sobreviveram à
enchente, após obter autorização judicial. A entidade acredita
que os animais estariam vivos caso tivessem sido levados
à parte superior da loja pelos funcionários.
A Cobasi, por sua vez, alega que o
estabelecimento teve de ser deixado de forma
emergencial, conforme orientações das autoridades locais, e que
“foi garantido que os animais estivessem seguros e
com o necessário para a sobrevivência até o retorno dos
colaboradores que considerávamos ser breve”, segundo nota da
empresa.