A Starlink, empresa de internet via
satélite de Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (3) que irá
cumprir a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF),
para bloquear o acesso à rede social X (antigo Twitter) no Brasil.
Inicialmente, a companhia havia resistido à determinação, mas
decidiu acatar a medida, mesmo após criticar o que chamou de
“tratamento ilegal” devido ao congelamento de seus ativos no
país.
Em comunicado nas redes sociais, a
Starlink declarou: “Independentemente do tratamento ilegal dado à
Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem
de bloquear o acesso ao X no Brasil”. A decisão de bloqueio foi
emitida por Moraes na semana passada, após o X desobedecer uma série
de ordens judiciais, incluindo o pagamento de multas e a nomeação
de um representante legal no Brasil.
Moraes justificou a medida ao
afirmar que a Starlink e o X fazem parte do mesmo grupo econômico,
liderado por Musk. Atualmente, a Starlink possui mais de 200 mil
usuários no Brasil, sendo a maior provedora de internet via satélite
no país, com 47,1% dos assinantes desse segmento. No entanto, a
empresa representa apenas 0,5% do mercado nacional de internet, com
224,5 mil clientes.
A Starlink fornece internet em
regiões remotas, onde as conexões tradicionais são limitadas. Essa
característica faz com que quase um terço de seus assinantes esteja
localizado no norte do Brasil. Apesar de acatar a ordem, a Starlink
declarou que considera a decisão “inconstitucional” e planeja
recorrer. No comunicado, a empresa afirmou que continuará buscando
todas as vias legais para reverter as ordens recentes, que, segundo
ela, violam a constituição brasileira.