Brasília
entrou nesta quarta-feira (18) em sua segunda
maior seca registrada,
atingindo 148 dias
sem chuvas. O
período de estiagem superou o recorde de 2004,
quando a capital ficou 147
dias sem
precipitações. O maior recorde de seca em Brasília foi em 1963,
com 163 dias,
e a cidade agora está a apenas 15
dias de superar
essa marca histórica.
De
acordo com o Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet),
há previsão de chuva para o dia 25
de setembro,
mas as condições meteorológicas podem mudar, prolongando ou
encurtando o período de estiagem. Enquanto isso, o Distrito
Federal
está sob alerta
laranja
devido à baixa umidade
do ar,
que varia entre 20%
e 12%,
o que aumenta os riscos de incêndios
florestais
e problemas de saúde, como ressecamento
da pele,
irritação
nas mucosas
e doenças
respiratórias.
Na
última segunda-feira (16), Brasília registrou a maior temperatura
do ano, com 33,2°C,
em meio ao clima seco agravado por um grande incêndio
no Parque Nacional de Brasília,
que destruiu cerca de 2
mil hectares no
último domingo (15). O fogo, que só foi controlado na manhã de
terça-feira (17), gerou uma densa coluna de fumaça que encobriu o
Distrito Federal,
afetando ainda mais a qualidade do ar.
As
autoridades estão investigando a possibilidade de incêndio
criminoso,
mas apontam que as condições climáticas, com altas temperaturas e
baixa umidade, favoreceram a propagação rápida das chamas.
A
situação é crítica para a saúde pública, com o índice de
qualidade do ar chegando a 150
durante a madrugada de segunda para terça-feira, segundo a agência
suíça IQAir.
Esse nível é considerado perigoso
para grupos de risco,
incluindo idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios,
como asma e bronquite.
O
Inmet
recomenda cuidados como ingerir
bastante água,
evitar
exposição ao sol,
utilizar hidratantes
e umidificadores,
além de restringir atividades
físicas ao ar livre
até que a umidade do ar se normalize. A expectativa agora está
voltada para a possível chegada das chuvas no final de setembro, que
poderia aliviar a seca e reduzir os riscos de incêndios e problemas
de saúde na região.