O ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu que usuários que
continuarem a utilizar a rede social X de forma “extremada” após
sua proibição, em 30 de agosto, poderão ser multados em R$ 50 mil
diários. A decisão prevê que a Polícia Federal (PF) identifique
esses usuários e os notifique de que o uso da plataforma foi
proibido pelo STF. Caso persistam, a multa será aplicada.
Entretanto, a decisão de Moraes não especifica claramente o que
caracteriza o “uso extremado” da rede social. Investigadores da
PF acreditam que isso possa se referir a acessos ou postagens
frequentes, mas não há diretrizes objetivas sobre o que
configuraria o comportamento passível de punição.
Anteriormente, Moraes já havia
determinado a aplicação de multa para quem utilizasse VPNs (Redes
Virtuais Privadas) para acessar o X, uma medida confirmada pela
Primeira Turma do STF no início de setembro. Contudo, essa nova
diretriz sobre o “uso extremado” deixa em aberto os critérios
que devem ser adotados para penalizar os usuários.
Políticos como o deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP) continuam a
utilizar a plataforma, declarando publicamente suas postagens no X,
mesmo após o bloqueio. Ambos enfatizaram estar postando diretamente
do Brasil, o que levanta ainda mais questionamentos sobre a
aplicabilidade da multa e o que efetivamente seria considerado “uso
extremado” pela Justiça.