O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz
sinaliza crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
entre os idosos, provavelmente por Covid-19, em alguns estados das
regiões Norte e Nordeste – Acre, Pará e Pernambuco. Nas quatro
últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos
positivos de Sars-CoV-2 (Covid-19) foi de 30%. Entre os óbitos, o
índice registrado foi de 63%.
A
análise também mostra tendência de interrupção do crescimento e
de diminuição dos casos de SRAG por Covid-19 em estados da região
Centro-Sul. A atualização aponta que apenas duas das 27 unidades
federativas do país, Minas Gerais e Pernambuco, apresentam sinal de
aumento.
Segundo
o estudo, a redução dos casos de SRAG observada no agregado
nacional se deve a uma queda ou interrupção do crescimento das
ocorrências associadas à Covid-19 e ao rinovírus em diversos
estados do país, embora ambos os vírus ainda apresentem tendência
de aumento em outros estados.
O
InfoGripe destaca ainda a diminuição do número dos casos graves
pelo rinovírus, que atinge principalmente crianças e adolescentes
de até 14 anos. Esse cenário foi constatado em quase todos os
estados do país, com exceção de Santa Catarina e Pernambuco onde
se verifica aumento de ocorrências graves pelo vírus.
Pesquisadora
do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe,
Tatiana Portella reforça a importância da vacinação contra a
Covid-19, especialmente para indivíduos que fazem parte dos grupos
de risco como idosos, crianças e pessoas com comorbidade.
“Gostaria
de reforçar também a importância da vacinação em crianças
pequenas, já que esse é um dos grupos, junto com os idosos, com
maior incidência de internações pelo vírus. Então é muito
importante que os pais levem seus filhos para vacinar contra a
Covid-19”, diz Portella.
Outras recomendações são o uso
de máscara em locais fechados - com maior aglomeração de pessoas e
dentro dos postos de saúde -, principalmente para quem que mora em
regiões onde tem se observado aumento de casos de SRAG. E em caso de
aparecimento de sintomas, a pesquisadora chama atenção que o ideal
é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir o vírus. "Se
não for possível, o recomendado é sair de casa usando uma boa
máscara".