O fenômeno climático La Niña, conhecido por seu impacto no resfriamento das águas do Oceano Pacífico, está prestes a perder força nos próximos meses. De acordo com o serviço de meteorologia dos Estados Unidos, NOAA, a expectativa é que o La Niña, atualmente em vigência, tenha uma curta duração e entre em neutralidade nos próximos dois meses. Isso significa que não haverá a presença nem do La Niña e nem do El Niño, fenômenos que influenciam significativamente o clima global. Embora o La Niña seja conhecido por provocar chuvas excessivas no norte do Brasil e secas no sul, as condições climáticas recentes nessas regiões não estão relacionadas ao fenômeno.
No ano passado, o aquecimento das águas do Pacífico Equatorial fez com
que a população brasileira quase não sentisse os efeitos do inverno.
Este ano, espera-se que o outono e o inverno sejam mais amenos em
comparação aos últimos dois anos, que foram marcados pela presença do El
Niño. Embora o frio não deva ser tão rigoroso, as temperaturas
começarão a cair a partir de março. A meteorologista Desirée Brant
informou que a primeira onda de frio já tem data prevista, com mudanças
climáticas esperadas para o fim de semana.
Uma frente fria deve avançar de forma mais continental, trazendo chuvas e
queda de temperatura. Este sistema deve alcançar o Sudeste na próxima
semana, organizando instabilidades e provocando chuvas de forma geral. A
chegada dessa frente fria é um indicativo das mudanças sazonais que se
aproximam, com o outono trazendo suas características típicas de
transição climática.
Com o início do outono em março, espera-se uma redução do volume de
chuvas a partir de abril nas áreas centrais do país, enquanto as
precipitações se concentram mais nos extremos do Brasil. Essa mudança no
padrão de chuvas é típica da estação e reflete a transição para um
período de neutralidade climática, sem a influência direta dos fenômenos
La Niña ou El Niño.