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Publicada em 22/06/23 às 10:46h - 20 visualizações
Asma: é importante evitar exposição a alérgenos, poluição e a mudanças climáticas, orienta pneumologista do HGE
Luiz Cláudio Bastos diz que doença está entre as mais comuns no inverno, mas seus efeitos podem ser controlados com medidas

Ascom Sesau

Estação marcada pelas chuvas e pela diminuição da temperatura que representam um grave risco para as pessoas em situação de rua, com problemas respiratórios e alérgicos, o inverno tem início nesta quarta-feira (21), no Brasil. A data, que coincide também com o Dia Nacional de Controle da Asma, ressalta a importância de as pessoas acometidas pelo problema de saúde redobrarem a atenção, conforme orienta o pneumologista Luiz Cláudio Bastos, que atua no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

De acordo com o especialista, os asmáticos devem proteger o organismo, cujos gatilhos podem ser as substâncias capazes de provocar alergias, como a poeira, o mofo e a fumaça, além de redobrar a atenção especialmente nos dias frios, que costumam se intensificar durante esta época do ano. Para piorar a situação dos asmáticos, o país celebra as festas juninas, que ainda são festejadas com fogueiras, fogos de artifícios e eventos com aglomeração de pessoas, inclusive em ambientes fechados.

Essa combinação de fatores contribui com a disseminação de infecções respiratórias causadas por vírus ou bactérias que podem causar, entre outras doenças, resfriados, gripes e pneumonia, segundo ressalta o pneumologista do HGE.

“A asma está entre as doenças respiratórias crônicas mais comuns neste período, juntamente com a rinite alérgica. As principais características são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças climáticas”, explica Luiz Cláudio Bastos.
Outros fatores de risco

A automedicação, o estresse e a prática de exercício físico também podem aumentar a chance da instalação de uma crise asmática. Por isso, o pneumologista do HGE salienta que estudos apontam para uma associação entre fatores genéticos e condições do ambiente em que o indivíduo vive. Ou seja, há mais chance de a pessoa desenvolver a doença quando há registro em alguém da família e quando há uma exposição frequente aos agentes causadores de alergias.

“É preciso evitar a exposição à poeira, aos ácaros e fungos. Proteger o corpo das variações climáticas e das infecções virais, especialmente o vírus sincicial respiratório e o rinovírus. Quando o fator é genético, é importante controlar a rinite alérgica e o peso, uma vez que os indivíduos com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios, como a própria asma”, destaca Luiz Cláudio Bastos.
Controle da doença

A doença pode ser controlada por meio de consultas periódicas agendadas pela rede municipal de residência do paciente, nas Unidades Básicas de Saúde. Com relação às crises, podem ser tratadas pelas Unidades de Pronto Atendimento e, quanto aos casos mais graves, são assistidos pelos hospitais, como o HGE, que pode acolher as crianças na pediatria e os adultos por meio de encaminhamento feito pela Central de Regulação de Leitos, vinculada à Secretaria de Estado de Alagoas (Sesau).

“Essas unidades estão preparadas para conceder todas as orientações relacionadas ao tratamento e à prevenção de crises, o que inclui entender os sintomas e os sinais de agravamento da doença. A asma não tem cura, mas com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante”, orientou o pneumologista do HGE.

Outra atitude importante é manter o lar arejado, optar por comemorações em ambiente aberto, sem aglomerações, conservar o local de convívio limpo e seguir com as orientações dadas pelo médico durante a consulta. Caso apresente sintomas gripais, é necessário estar atento aos sintomas, evitar o contato com mais pessoas, reforçar a higienização das mãos, jamais se automedicar e usar máscara quando precisar ocupar locais públicos.



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