Depois
de 40 dias, Clara da Silva Santos, de 28 anos, finalmente voltou para
casa com a sua filha de três aninhos. Elas foram acolhidas no
Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, após a menor apresentar
“bolhinhas” na pele, febre e outros desconfortos. Uma das
hipóteses diagnósticas foi a
leucemia,
mas exames investigativos afastaram essa conclusão, confirmando a
Blastomicose.
Segundo
a pediatra Ana Carolina Ruela, trata-se de uma doença pulmonar
causada pela inalação de esporos do fungo Blastomyces dermatitidis.
Ocasionalmente, o fungo é disseminado pela corrente sanguínea,
provocando doença extrapulmonar. “Os sintomas variam, porque podem
causar pneumonia e prejudicar vários órgãos, geralmente a pele. O
diagnóstico é clínico e feito por meio de Raio-X e exames
laboratoriais”, explicou a médica.
Mas a identificação da doença
não foi rápida assim. Antes de chegar ao HGE, a mãe relata que os
sintomas iniciaram de repente em casa, com uma manchinha no tórax e
nas costas. Sem melhora, ela levou a filha para o Ambulatório 24
horas Denilma Bulhões, no Benedito Bentes, bairro onde reside. Na
unidade, a criança foi examinada, medicada e os responsáveis
orientados para o tratamento em domicílio.
“Como
ela não melhorou, a levei para a UPA [Unidade de Pronto Atendimento]
e o médico achou melhor encaminhar ao HGE, pois, a essa altura, o
ferimento das costas já estava inflamado e a febre não passava.
Entrei na ambulância com o coração na mão, mas, graças a Deus e
à equipe do HGE, recebemos um cuidado que hoje se converte em
gratidão”, relatou Clara, que é viúva e tem mais dois filhos.
A menor
precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Pediátrica, ainda sem um diagnóstico fechado. A mãe lembra que
foram realizados três mielogramas - exame de avaliação da
medula óssea, com o objetivo de analisar a morfologia e produção
de células sanguíneas para diagnosticar cânceres como leucemia,
linfoma e mieloma. Os dois primeiros exames deram inconclusivos.
Então, pela terceira vez, o exame foi repetido, agora seguido de
biópsia da lesão, o que indicou o diagnóstico de Blastomicose.
“Quando
soube o que a minha filha tinha, tudo mudou. No HGE, ela recebeu todo
o suporte que precisava. Eu vi médicos, enfermeiros, terapeutas
ocupacionais, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos,
técnicos de enfermagem, todo mundo nos acolhendo, nos motivando, nos
fazendo acreditar na cura. Ela finalmente chegou e estamos voltando
para casa com as recomendações necessárias para virarmos essa
página com mais saúde e esperança por dias melhores”, afirmou a
mãe.
Perfil
Assistencial
O HGE é
porta aberta para o atendimento pediátrico 24h, referência no
tratamento de média e alta complexidade em urgência e emergência.
O hospital conta com equipes multidisciplinares qualificadas e
especialistas em várias áreas de atuação. Além disso, as
crianças podem ser submetidas de imediato a uma série de exames que
contribuem para o diagnóstico e a definição do melhor tratamento.
“A nossa equipe da Pediatria
trabalha com coração pelas nossas crianças, pois se envolvem
buscando o melhor cuidado, o melhor acolhimento, o melhor
atendimento. São servidores que põem em prática a humanização, a
eficiência, a moralidade e outros conceitos necessários para o bom
desempenho das atividades. O cidadão que precisar da gente pode vir
seguro de que encontrarão os melhores profissionais da área”,
pontuou o diretor-geral do HGE, Fernando Melro.