Com
o crescente aumento de óbitos causados pela dengue em Alagoas, que
passaram de dez para 13, no comparativo da semana anterior com a
atual, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta a população
sobre a importância de procurar assistência médica em tempo
oportuno. Isso porque, conforme apontam estudos referente ao manejo
clínico, quando diagnosticada precocemente e tratada ainda no início
dos sintomas, diminuem drasticamente as chances de agravamento
do quadro clínico do paciente com dengue, bem como, de evolução
para óbito.
Conforme a assessora técnica da
Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da
Sesau, a enfermeira Naara Nascimento, ao início de qualquer sintoma,
como febre, dores de cabeça e no corpo, é necessário buscar
assistência médica no serviço de saúde mais próximo. Segundo
ela, entre os serviços que devem ser procurados pelos pacientes,
estão as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou as Unidades de Pronto
Atendimento (UPA) do município de residência do usuário.
Naara Nascimento ressalta que o
mosquito transmissor da dengue não faz distinção de idade,
gêneros, tamanho, por isso, o cuidado com a dengue deve ser
permanente. As crianças, em muitos casos, especialmente aquelas que
ainda não sabem falar, também correm risco de serem contaminadas.
“É importante a população
ficar atenta aos sinais e sintomas suspeitos da dengue. Na maioria
das vezes, a doença pode se apresentar como uma síndrome febril,
dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações ou dor atrás
dos olhos. Também podem ser apresentados sintomas inespecíficos,
como apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos, diarreia
ou fezes amolecidas”, lista a enfermeira da Sesau.
Naara Nascimento salienta a
necessidade de manter a prevenção de combate ao mosquito Aedes
aegypti. “É importante manter alerta em relação à principal
forma de prevenção, que é o combate ao vetor. Então, o uso de
telas nas residências, o uso de repelente é fundamental, bem como,
é preciso evitar reservatórios que possam servir para a
proliferação do mosquito, pois representam medidas de controle,
tanto coletivas quanto individuais”, enfatiza.
PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO
Em Alagoas, durante a Semana
Epidemiológica 29, foram confirmados 13 óbitos pela doença. Sendo
quatro no município de Maceió, um em Atalaia, um em Viçosa, um em
Porto de Pedras, um em Rio Largo, um em União dos Palmares, um
Murici, um em Craíbas, um Teotônio Vilela e um em Arapiraca.
Também neste período, 10.305
casos foram confirmados, de acordo com o último Panorama
Epidemiológico, divulgado pela Sesau nesta quarta-feira (24). No
mesmo período do ano passado foram diagnosticados 3.070 casos, com
um óbito registrado no município de Maceió.
Para
o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, a
colaboração da população é crucial para interromper a cadeia de
transmissão da dengue. “A conscientização da sociedade é a
chave para reduzir os casos e proteger toda a população, uma vez
que a maioria dos focos do Aedes aegypti está nas residências.
Portanto, é fundamental adotar práticas preventivas no dia a dia,
que são simples, mas eficazes”, reforça o gestor.