A
Câmara de Estudos Políticos da Vice-Governadoria de Alagoas reuniu
no Palácio República dos Palmares, nesta quarta-feira (4),
importantes figuras políticas e autoridades para discutir o papel da
agricultura familiar e da economia solidária no desenvolvimento
socioeconômico do estado.
Com as presenças do
vice-governador Ronaldo Lessa, do ministro do Desenvolvimento Agrário
e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e do secretário executivo de
Cooperativismo, Associativismo e Economia Solidária, Adalberon de
Sá, o evento destacou a necessidade de democratizar a economia
solidária, promover a inclusão socioeconômica e fortalecer as
cooperativas.
O ministro elogiou a Câmara de
Estudos Políticos criada por Lessa, chamando-a de uma inovação no
Brasil e destacando que o estado lidera essa bandeira de formação
cidadã. A Câmara de Estudos Políticos e a experiência inovadora
de Alagoas na criação de uma secretaria voltada para o
cooperativismo e a economia solidária posicionam o Estado como líder
nesse processo de transformação.
O evento contou com a presença da
coordenadora da Câmara Luciana Santana, e do subcoordenador, Cid
Olival Feitosa, além do cientista político Guilherme Magalhães.
Também estiveram presentes o deputado federal Paulão, o deputado
estadual Ronaldo Medeiros, a vereadora Teca Nelma e o desembargador
Fábio Bittencourt Araújo. O evento reuniu ainda secretários de
estado, superintendentes, reitores e representantes da Adeal, Emater,
INSS e Polícia Militar, além de representantes de cooperativas da
capital e do interior e de nomes importantes para a discussão como o
jornalista Geraldo Majella .
De acordo com Lessa, o evento com o
ministro foi fundamental porque discutiu questões cruciais do campo,
das cooperativas. “Estava lá o secretário executivo Adalberon de
Sá, que lidera uma novidade no governo Paulo, que é a
institucionalização de uma secretaria executiva para as
cooperativas, o foco das mulheres avançando na agricultura familiar,
a importância disso como um ponto forte do desenvolvimento do país
e a diminuição das diferenças sociais. Outros pontos importantes
discutidos foram a qualidade do alimento que consumimos e a
economia solidária e distributiva, que sai do chamado capitalismo
selvagem da acumulação e oferece uma resposta diferenciada”
“O ministro é uma pessoa
centrada e que está realmente na expectativa de, a médio prazo,
darmos um salto de qualidade na agricultura como um instrumento forte
do desenvolvimento social. Econômico já é, com o agronegócio
funcionando com o comércio exterior, as exportações, tudo isso,
mas é o foco interno de ter um instrumento gerador de riqueza e
também de distribuição dessa riqueza para o desenvolvimento
social. O Plano Safra é muito importante. É dinheiro a custos
baixos, juros baixos, exatamente para essa camada da agricultura
familiar, e para Alagoas são 900 milhões de reais. Então, foi sem
dúvida nenhuma, um grande dia para o estado de Alagoas, para todos
nós”, concluiu Lessa.
Já o ministro afirmou que Alagoas
está vivendo uma revolução muito importante na agricultura,
destacando o desempenho do estado no Ideb. Ele ressaltou que a
juventude alagoana pode desenvolver o campo com novas tecnologias. O
ministro também mencionou que o governo Lula já tirou 24 milhões
de pessoas do mapa da fome, mas enfatizou que o Brasil ainda precisa
sair completamente dessa situação. Outro desafio apontado foi a
produção de alimentos saudáveis a baixo custo e em grande
quantidade, para que se tornem mais acessíveis.
Adalberon
destacou a importância do evento ao trazer luz sobre as políticas
de agricultura familiar e economia solidária. Ele ressaltou que
milhares de pessoas geram sua renda principal, ou até
mesmo a
única renda, em diversos setores como agricultura familiar,
artesanato, cooperativismo e economia solidária.
Adalberon
enfatizou que a economia solidária muitas vezes é vista apenas como
uma alternativa ao desemprego, mas ela é muito mais do que isso.
"Ela promove inclusão socioprodutiva e socioeconômica,
geranmdo renda e trabalho para milhares de pessoas”, explicou.
Ele destacou que a economia solidária está presente em 100% dos
municípios, com associações, cooperativas ou grupos produtivos
trabalhando e gerando ocupação e renda.
O
secretário também mencionou os avanços na agenda da agricultura
familiar, especialmente com o lançamento do Plano Safra, que
aconteceu em Arapiraca. "O acesso, que antes inexistia para essa
pessoas, agora passa a existir", disse.
"Muitos desses setores podem acessar crédito com juros muito
baixos e, boa carência", diz.
Por
fim, Adalberon destacou a necessidade de mobilizar o parlamento para
a aprovação da lei nacional que institui a política e o sistema
nacional de economia solidária, de autoria do então deputado Paulo
Teixeira, hoje ministro. Ele concluiu afirmando que Alagoas pode
e deve liderar esse processo, destacando a experiência pioneira do
estado com a criação da primeira e única secretaria de Estado
voltada para o cooperativismo e a economia solidária.
coordenadora
da Câmara, Luciana Santana, destacou que o ministro apresentou
várias alternativas para o governo, ações importantes para
desenvolver a agricultura no estado de Alagoas. “E a recepção,
claro, foi bastante positiva, no sentido que há realmente um apoio
do Governo Federal, uma possibilidade de parceria, tanto com o setor
público como com o setor privado”, disse.