A
Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) continua realizando o
monitoramento da quantidade de casos de Febre do Oropouche em
Alagoas. O acompanhamento é feito em conjunto com as Secretarias
Municipais de Saúde e medidas de mitigação e orientação da
população para a prevenção também são executadas.
Vale lembrar que o principal vetor
de transmissão da doença é o inseto popularmente conhecido como
maruim. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus
continua no inseto por alguns dias, que transmite a doença ao picar
alguém saudável.
Os sintomas são dor de cabeça
intensa, dor muscular, náusea e diarreia, ou seja, bem parecidos com
os da dengue. Algumas ações para a mitigação dos casos podem ser
realizadas pela população, conforme explica a superintendente de
Vigilância em Saúde da Sesau, enfermeira Waldinea Silva.
“É fundamental sempre fazer a
limpeza da casa e retirar possíveis criadouros de mosquitos, como
água parada e folhas acumuladas. Usar roupas que cubram a maior
parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele também
ajudam na prevenção”, expôs.
Estudos científicos indicam a
possibilidade significativa de que o vírus Oropouche possa ser
transmitido de gestantes para os fetos e cause a perda dos bebês.
Portanto, mulheres grávidas devem adotar recomendações extras,
como a proteção das residências com redes de malha fina nas portas
e janelas, além do uso de mosquiteiros nas camas.
Epidemiologia
Dados da Sesau apontam que Alagoas
registrou 115 casos de Oropouche em 2024, até o último dia 5 de
setembro. Todas as ocorrências foram confirmadas por meio de
biologia molecular realizada pelo Laboratório Central de Alagoas
(Lacen/AL).
A faixa etária entre 20 a 29 anos
foi a com mais casos de infecções no estado. O município de
Palmeira dos Índios segue apresentando o maior número de casos, com
94 confirmações (82,46%). Tanque D’Arca contabilizou quatro casos
(3,51%), Viçosa, três casos (2,63%), Estrela de Alagoas,
Japaratinga e Maceió com dois casos (1,75%).
Já Arapiraca, Atalaia, Coruripe,
Igaci, Murici, Porto Calvo e União dos Palmares apresentam um caso
cada. Na comparação de casos por zona de residência, 82 casos
foram registrados em indivíduos residentes na zona rural (71,93%),
26 casos em residentes da zona urbana (22,81%) e seis casos (5,26%)
estão sem informação da zona de residência.
Até a última nota técnica da
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevisa) da Sesau,
emitida nesta terça-feira (17), um óbito, proveniente de Maceió,
está em investigação.
O diagnóstico dos casos é feito
com o uso da metodologia de RT-PCR em tempo real, que apresenta
resultados negativos para dengue, zika e chikungunya e positivo para
Oropouche.
É importante salientar que a Sesau
e as SMSs seguem fazendo investigações epidemiológicas para
determinar o local de origem das infecções para garantir o controle
efetivo da situação.