O Projeto Respirar celebrou, neste domingo (19), o primeiro ano
de inauguração do Ambulatório de Vias Aéreas Pediátricas de Alagoas, que
funciona no Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira, no bairro do Poço, em
Maceió. No último ano, o projeto realizou mais de 500 procedimentos cirúrgicos
e atendeu 220 crianças de todo estado, garantindo mais qualidade de vida e
saúde.
“Neste primeiro ano, registramos números expressivos e
entregamos excelência no atendimento às crianças e famílias. Este é o nosso
maior propósito”, destacou o coordenador do Projeto e médico cirurgião
torácico, doutor Wander Mattos.
O serviço é gerenciado e custeado pela Secretaria de Estado da
Saúde (Sesau), com o apoio da Secretaria de Estado da Primeira Infância (Cria)
e conta com atendimento realizado por meio de uma equipe multidisciplinar,
formada por enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, em
uma rede empenhada em manter uma linha de cuidado completa às crianças.
“Nossa equipe também
realiza o acompanhamento das crianças em UTIs dos Hospitais ligados ao estado e
em 2024 garantimos que 43 crianças não fossem traqueostomizadas. Este é um
avanço importantíssimo para a saúde dessas crianças”, salientou o doutor Wander
Mattos.
Este ano, o projeto deve aumentar a complexidade dos
procedimentos cirúrgicos e elaborados, investindo na reabilitação das crianças
e fortalecendo o serviço com equipamentos modernos.
“Vamos manter as
conquistas do último ano e somar as novas ideias para ter um 2025 com muitos
motivos para comemorar ainda mais. Alagoas segue no caminho certo com
sensibilidade a uma bandeira pouco conhecida, mas que faz uma diferença enorme
na vida de crianças e famílias”, completou o médico.
Relato
Eliane da Silva, mãe do pequeno Luís Miguel, de 8 anos, contou
que o filho foi traqueostomizado aos 5 meses de vida. Ele recebeu todo
acompanhamento pela equipe multidisciplinar do projeto, foi decanulado (retirada
da cânula) e conquistou uma nova qualidade de vida.
“A equipe
sempre esteve conosco nos ajudando em todo processo, onde eu recebi muita
força. Luís fez todo tratamento 100% SUS e graças a Deus, aos oito anos, o
doutor Wander pôde retirar a cânula dele. Depois da decanulação, ele foi
recebido com muita festa na escola e todos puderam abraçá-lo. Ele já brincou
muito, joga bola e se sente uma criança livre. É só gratidão a Deus pelo
projeto. Luís Miguel é um milagre”, disse, emocionada, Eliane.