Em um depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, o empresário William Pereira Rogatto confessou ter sido responsável pelo rebaixamento de 42 times de futebol no Brasil. Rogatto, que se autodenomina "Rei do Rebaixamento", afirmou ter lucrado cerca de R$ 300 milhões com esquemas de manipulação de resultados ao longo dos anos.
Durante a sessão, Rogatto revelou detalhes de como operava o esquema, utilizando clubes como o Santa Maria para adulterar resultados e garantir lucros em apostas esportivas. Ele também mencionou o nome de John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo, sugerindo que Textor não estava totalmente errado em suas acusações sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro.
"Rebaixei 42 times e sou conhecido como rei do rebaixamento, mas não dá para ganhar dinheiro sem rebaixá-los. Não estou matando ninguém, roubando ninguém, o sistema é falho. Estou indo contra o sistema. A criação da máquina me favoreceu, encontrei a brecha", declarou Rogatto.
A CPI, impressionada com as revelações, ofereceu a Rogatto a possibilidade de delação premiada e inclusão no sistema de proteção à testemunha, mas ele expressou receio quanto à sua segurança, afirmando que tais medidas não seriam suficientes para protegê-lo.