O
primeiro-ministro de Israel,
Benjamin Netanyahu
disse neste domingo que nos próximos dias seu país aumentará a
“pressão política e m,ilitar sobre o Hamas”
para garantir a libertação dos 133 reféns israelenses ainda
retidos na Faixa de Gaza. “Em vez de abandonar suas posições
extremistas, o Hamas está se beneficiando de nossas divisões e se
sente encorajado pelas pressões exercidas contra o governo
israelense. Portanto, nós lhe daremos golpes dolorosos e isso
acontecerá em breve”, disse o premiê em uma mensagem de Pessach,
a Páscoa judaica. A mensagem de Netanyahu chega no momento em que
continuam a crescer as expectativas sobre a possível ofensiva
militar de Israel em Rafah, aprovada pelo primeiro-ministro há mais
de um mês, mas que tem a oposição da maior parte da comunidade
internacional, incluindo os Estados Unidos, o principal aliado
militar de Israel.
Netanyahu
culpou novamente o grupo islâmico por rejeitar todas as propostas
para um cessar-fogo na Faixa de Gaza que permitiria uma troca de
reféns israelenses por prisioneiros palestinos, apesar de o Hamas
estar pedindo há meses um cessar-fogo “final” como
pré-requisito, algo ao que Netanyahu se opõe. As exigências do
Hamas nas negociações não mudaram: o fim da ofensiva, a retirada
das tropas de Gaza, o retorno das pessoas deslocadas do norte para
suas casas e a entrada de ajuda humanitária suficiente para
reconstruir o enclave. Neste domingo, o Hamas divulgou um novo
balanços dos mortos. Desde de o dia 7 de outubro 34.097 pessoas
morreram, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Nas últimas
24 horas, pelo menos 48 pessoas morreram, segundo um comunicado do
ministério, que também reportou 76.980 feridos em mais de seis
meses de conflito.
O
primeiro-ministro também enviou um aviso a Washington, depois que o
portal americano “Axios” publicou nas últimas horas que o
Departamento de Estado planeja sancionar o batalhão ultraortodoxo do
Exército israelense, Netzah Yehuda, por posíveis violações dos
direitos humanos na Cisjordânia ocupada. “Lutarei ferozmente para
defender as Forças de Defesa de Israel, nosso Exército e nossos
militares. Se alguém achar que pode impor sanções a uma unidade do
Exército, eu lutarei com todas as minhas forças”, disse Netanyahu