O
ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que 1.200 pessoas já
foram presas durante os protestos que explodiram no país após sua
reeleição controversa. Maduro ameaçou prender aqueles que não
reconhecem sua vitória e está preparando prisões de segurança
máxima para opositores.
Em meio a esse cenário tenso, o
ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, acusou os
Estados Unidos de liderarem uma tentativa de “golpe de Estado”
contra o país. A acusação veio após os EUA reconhecerem o
candidato da oposição, Edmundo González, como o verdadeiro
vencedor das eleições presidenciais de domingo (28).
Yván Gil classificou a ação dos
EUA como uma “manobra perversa” que cria uma narrativa falsa e
incita a violência nas ruas venezuelanas. O secretário de Estado
dos EUA, Antony Blinken, afirmou que González recebeu a maioria dos
votos e que as evidências são claras para os Estados Unidos e para
o povo venezuelano.
Apesar disso, o Conselho Nacional
Eleitoral da Venezuela reafirmou que Nicolás Maduro venceu as
eleições com 51,9% dos votos, totalizando 6,4 milhões de votos. O
opositor Edmundo González teria obtido 43,18% dos votos, segundo a
mesma fonte. O conselho garantiu que quase 97% das urnas já foram
apuradas.
A comunidade internacional continua
a pressionar o governo de Maduro para que divulgue as atas de cada
seção eleitoral, buscando transparência no processo. Entretanto,
Maduro já foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral e
se prepara para seu terceiro mandato.
A situação na Venezuela permanece
tensa, com a oposição e a comunidade internacional questionando a
legitimidade do processo eleitoral, enquanto Maduro reforça sua
posição com medidas repressivas contra os manifestantes.