Embora Donald Trump ainda não tenha
assumido a presidência dos Estados Unidos, o Kremlin já sinalizou
suas expectativas sobre o fim do conflito na Ucrânia, defendendo que
o novo governo americano pode “contribuir” para uma solução,
mas sem abrir mão de sua presença nos territórios ocupados. O
porta-voz russo, Dmitri Peskov, afirmou: “Os EUA são capazes de
contribuir para o fim do conflito. Isso não pode ser feito do dia
para a noite, mas [eles] podem mudar sua política externa. Se isso
ocorrerá, e de que forma, veremos após a posse de Trump.”
Putin parece esperar que a gestão
de Trump suspenda a ajuda financeira e militar à Ucrânia, uma
decisão que, segundo Moscou, facilitaria o desfecho das
hostilidades. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da
Rússia, comandado por Sergey Lavrov, declarou que não mantém
“ilusões” sobre Trump e que continuará a proteger os interesses
nacionais russos.
Ainda,
Dmitry Medvedev, ex-presidente russo e vice do Conselho de Segurança,
afirmou no X: “Kamala terminou… Os objetivos da Operação
Militar Especial permanecem inalterados e serão alcançados.” O
comentário reforça que, mesmo diante de uma possível mudança de
postura dos EUA, Moscou seguirá com a estratégia da chamada
“operação especial” na Ucrânia, indicando que as metas russas
no conflito permanecem firmes.