Nesta quarta-feira, dia 19 de abril, o Brasil celebra o Dia do Índio e Povos Indígenas . No entanto, a data também traz uma notícia preocupante: um cacique indígena, José Acácio Serere Xavante, está preso pela Suprema Corte. A prisão ocorreu no último dia 12 de dezembro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O cacique, que é evangélico e pastor, ganhou notoriedade entre grupos bolsonaristas desde que as manifestações em frente ao Quartel-General do Exército começaram em Brasília. Ele costuma ser visto sem camisa e com o corpo pintado, criticando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e afirmando que houve fraude nas eleições que levaram Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.

José Acácio Serere Xavante é da Terra Indígena Parabubure, onde vivem cerca de 27 mil indígenas, distribuídos em nove terras indígenas. A prisão do cacique foi motivo de protestos por parte da população indígena, que considera a medida uma violação dos seus direitos.

A prisão de um líder indígena em pleno Dia do Índio é motivo de preocupação para os povos originários do país. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o governo federal vem adotando uma série de medidas que prejudicam os direitos dos indígenas, como a flexibilização das regras para a demarcação de terras indígenas e a não nomeação de um representante indígena na Fundação Nacional do Índio (Funai).

Os povos indígenas do Brasil lutam há décadas pela preservação de suas culturas e tradições, bem como pela garantia de seus direitos constitucionais. A prisão do cacique José Acácio Serere Xavante é mais um exemplo de como esses direitos podem ser violados, o que reforça a necessidade de uma luta constante pela preservação das culturas e tradições indígenas, liberdade de opinião e expressão no Brasil. O cCacique Tsesere continua preso no presidio federal  (Papuda )em Brasília.