O ex-vice-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, revelou ter emitido 33 alertas de segurança na primeira semana de janeiro deste ano, indicando potencial invasão de prédios em Brasília. Cunha está depondo nesta terça-feira (1º) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os eventos do dia 8 de janeiro.
Entre os alertas enviados, um indicava um risco detectado de invasão e vandalismo em edifícios. No próprio dia 8 de janeiro, a Abin alertou sobre a presença de indivíduos alegadamente armados e, posteriormente, forneceu a identificação de algumas dessas pessoas.
Embora a responsabilidade pelo plano de segurança do dia 8 de janeiro fosse da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Cunha frisou que a inteligência da Abin foi crucial na proteção das instituições. Segundo ele, todos os alertas foram enviados para a Secretaria, que também possui um setor de inteligência. Cunha enfatizou que a Abin reportou sobre chamados de manifestantes para invasão de prédios, demonstrando assim a sua função ativa de resguardar as instituições.