O Governo Lula, através do Ministério das Relações Exteriores (MRE), reiterou a postura diplomática do Brasil, ignorando as pressões globais para reconhecer o grupo Hamas como uma organização terrorista e deixando a nomenclatura com a Organização das Nações Unidas (ONU).
O comunicado do MRE explica: “No tocante à qualificação de entidades como terr0ristas, o Brasil aplica as determinações feitas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão encarregado de velar pela paz e pela segurança internacionais, nos termos do Artigo 24 da Carta da ONU.”
O Governo Lula quis assegurar que apenas o Conselho de Segurança detenha a legitimidade de designar entidades como organizações terroristas, como ocorreu com o Estado Islâmico, a Al Qaeda e Boko Haram. O Itamaraty destaca que essa prática “habilita o país a contribuir, juntamente com outros países ou individualmente, para a resolução pacífica dos conflitos e na proteção de cidadãos brasileiros em zonas de conflito.”
Mesmo sem adotar a classificação de terrorismo em relação ao Hamas, seguindo os princípios previstos no Artigo 4º da Constituição nas relações internacionais, o Brasil “repudia o terr0rismo em todas as suas formas e manifestações”.