O Ministro da Justiça tem enfrentado resistências e desafios ao buscar apoio entre membros da bancada evangélica no Senado. Em uma tentativa de alinhar suas visões com os parlamentares desse segmento, o ministro enviou recentemente um vídeo via WhatsApp aos senadores, reafirmando suas “posições cristãs” e se posicionando contra a legalização das drogas e o aborto.

Essa iniciativa do ministro foi comentada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da bancada evangélica da Casa, que é composta por 16 membros. Viana observou que, apesar do gesto positivo do ministro, há uma tendência de se esquecer o passado. Ele mencionou que, dos 16 senadores, 14 participam ativamente do grupo, e apenas a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) se mostrou abertamente favorável a Dino. Ele enfatizou que, embora os membros da bancada tenham liberdade para votar como desejarem, a maioria se opõe à indicação do ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), criticando a forma como ele tratou os parlamentares, comparando-o a Alexandre de Moraes.

Além disso, Viana ressaltou que uma tentativa de agendar um encontro entre Dino e o grupo pela senadora Eliziane não foi bem-sucedida. Caso Dino seja confirmado para o STF, ele não participará dos julgamentos relacionados a drogas e aborto na corte, visto que substituirá Rosa Weber, que já se posicionou sobre essas questões antes de sua saída prevista do tribunal em setembro.