A
Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23) o projeto de
lei que restringiu a R$ 15 bilhões a renúncia fiscal
do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Serviços
(Perse), de incentivo ao setor de eventos, até dezembro de
2026. A proposta reduziu ainda de 44 para 30 as atividades
beneficiadas pelo programa. O texto segue para votação no Senado.
A
aprovação ocorre após consenso firmado entre deputados federais e
o governo federal.
Em
entrevista à imprensa nessa segunda-feira (22), o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, informou que houve
acordo sobre os pontos principais do projeto de lei perse:
a limitação da renúncia fiscal em R$ 15 bilhões até 2026 e um
pente-fino na habilitação das empresas a receberem o benefício. O
Perse foi criado para socorrer empresas do setor de eventos afetadas
pela pandemia de covid-19.
A
versão original do projeto, de autoria dos deputados José
Guimarães (PT-CE) e Odair Cunha (PT-MG), previa redução dos
benefícios tributários, chegando à extinção a partir de 2027.
Os
deputados federais aprovaram o substitutivo da deputada Renata
Abreu (Pode-SP), que estabelece acompanhamento bimestral da Receita
Federal da isenção fiscal dos cinco tributos listados no
programa (IRPJ, CSLL, PIS e Cofins). Os relatórios devem
apresentar os valores pagos pelas empresas beneficiadas.
Para
a deputada, o acordo com o governo foi "necessário para não
termos prejuízo ou insegurança jurídica".
O
líder do governo, José Guimarães, garantiu que o governo
manterá os R$ 15 bilhões e informou que a redução no número de
atividades beneficiadas foi solicitada pelos líderes da Câmara, e
não pelo governo.