A
votação do dispositivo que permite ao governo Lula
antecipar a
expansão do limite de gastos de 2024 e liberar uma despesa extra de
R$ 15,7 bilhões foi adiada pela CCJ
(Comssão de
Constituição e Justiça)
do Senado para a próxima quarta-feira (8). O presidente da comissão,
senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP),
concedeu um prazo de vistas (mais tempo) de uma semana, surpreendendo
os governistas. O projeto é considerado prioritário para o
Executivo e desperta interesse dos parlamentares. Caso seja validado,
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a possibilidade de
destravar esse valor de R$ 15 bilhões de forma imediata, “por ato
do Poder Executivo”, sem passar novamente pelo Congresso Nacional.
O dispositivo em questão altera a lei do novo arcabouço fiscal e
está inserido em um projeto de lei complementar que recria o DPVAT
– seguro que indeniza
vítimas de acidente de trânsito -. A liberação desses
recursos resolveria o impasse em torno de emendas parlamentares
vetadas por Lula.
Na
semana passada, o projeto foi retirado da pauta na CCJ a pedido do
relator, senador
Jaques
Wagner (PT-BA). Os
senadores da oposição criticaram a matéria, classificando-a como
um “jabuti” e acusando o governo de realizar uma “pedalada
fiscal”. A expectativa é que a votação ocorra na próxima
quarta-feira (8), com possíveis desdobramentos no cenário político
e econômico do país.