O
plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (8/5) o
projeto de lei complementar (PLP) nº 233/23, que institui o Seguro
Obrigatório Para Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT),
substituindo o antigo DPVAT. Com 41 votos favoráveis e 28
contrários, o projeto alcançou a maioria absoluta necessária para
sua aprovação e agora segue para sanção presidencial.
A nova legislação determina que a
contratação do SPVAT será obrigatória e anual para todos os
proprietários de veículos, incluindo carros, motos, caminhões e
ônibus, com tarifas que variarão entre R$ 50 e R$ 60. A expectativa
é que a cobrança seja retomada em 2025. A proposta foi aprovada na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após dois adiamentos,
um dos quais foi solicitado pelo relator da proposta, senador Jaques
Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.
A pressão para aprovar o projeto
era alta, visto que a recriação do seguro libera aproximadamente R$
15 bilhões no Orçamento da União. Uma emenda significativa,
adicionada ao texto na Câmara dos Deputados, antecipa R$ 15,7
bilhões em créditos suplementares para o governo ainda neste
semestre. Esses recursos permitirão à gestão petista negociar
emendas parlamentares, fortalecendo o diálogo entre o Executivo e o
Legislativo.
Além disso, a aprovação do
projeto abre caminho para negociações sobre a derrubada dos vetos
presidenciais e a recomposição parcial dos R$ 5,6 bilhões vetados
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do ano,
referentes a emendas de comissão. Os congressistas, insatisfeitos
com o veto, argumentam pela necessidade de retomar os fundos
cortados, enquanto o governo propõe um acordo para compensar R$ 3,6
bilhões com os líderes partidários.