O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta
sexta-feira (24), da inauguração de uma planta de etanol de segunda
geração da Raízen em Guariba, interior de São Paulo. Com
investimento de R$ 1,2 bilhão, a unidade da empresa é considerada a
maior do mundo e tem capacidade estimada de produção de 82 milhões
de litros de etanol por ano. Em discurso no evento, o presidente
exaltou o forte potencial de produção do Brasil. “É preciso que
o mundo compreenda que este não é um país pequeno. Este país que
tem uma boa base intelectual, uma boa base de pesquisadores. Nós
temos capacidade extraordinária de fazer o que os outros países
fazem”, defendeu.
Lula enfatizou, ainda, a
importância de promover a produção nacional de energia verde e
biocombustíveis, não apenas para exportação, mas como uma
estratégia chave para impulsionar o desenvolvimento econômico local
e gerar empregos. “Se quiser, eles venham utilizar energia verde
aqui, trazendo emprego para cá, trazendo desenvolvimento para cá”,
afirmou.
O presidente disse que fará
propaganda do etanol brasileiro de segunda geração e tem planos de
apresentar as capacidades do Brasil em fóruns internacionais,
incluindo o G7. O presidente elogiou também engenheiros e
empresários brasileiros pela evolução da cadeia produtiva do
etanol ao longo dos anos. A produção do biodiesel no Brasil também
foi um ponto de destaque, remontando a 2003, quando a proposta para
sua produção foi apresentada ao então presidente. Apesar dos
desafios iniciais, o Brasil fez progressos significativos na produção
de biocombustíveis. “A gente tem condições de produzir diesel
limpo”, disse. “Saio daqui muito mais orgulhoso do que entrei do
potencial deste país”, concluiu o presidente.
Lula falou, ainda, sobre energias
renováveis e transição energética. “O mundo está passando por
uma fase hoje que é a questão da transição energética. Quem não
acreditava, pode acreditar”, disse. O presidente abordou crise
climática e as enchentes no Rio Grande do Sul. “A questão
climática é grave. O mundo está ficando meio descoordenado. Tinha
lugar que chovia muito que hoje faz seca. (…) Agora chegou outra
chuva em Porto Alegre que inundou como jamais tinha inundado. Só em
1941”, afirmou Lula.