Senadores
do Brasil manifestaram insatisfação com a proposta do Ministério
da Fazenda para compensar a desoneração da folha de pagamento de
empresas e municípios de menor porte. Eles solicitaram mais estudos
sobre o impacto da medida no setor produtivo. O governo publicou uma
Medida Provisória que restringe o uso de créditos tributários do
PIS/Cofins, com previsão de arrecadação de R$ 29,2 bilhões em
2024. O senador Efraim Filho, responsável pelo projeto de lei da
desoneração, afirmou que os parlamentares estão buscando
alternativas para compensar a medida sem prejudicar a produção. O
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, solicitou um estudo sobre o
impacto da MP, enquanto o líder do governo, senador Jaques Wagner,
se comprometeu a dialogar com o Ministério da Fazenda. Os senadores
criticaram a solução apresentada pelo governo, utilizando
expressões como “dar com uma mão e tirar com a outra”. A MP
restringe o uso de créditos tributários do PIS/Cofins e do crédito
presumido, podendo aumentar a arrecadação em até R$ 17,5 bilhões
neste ano, de acordo com a Fazenda.
A desoneração da folha de
pagamento das empresas foi implementada em 2011 e prorrogada diversas
vezes, permitindo o pagamento de alíquotas menores sobre a receita
bruta. A medida abrange 17 setores da economia, incluindo o setor de
comunicação. Já em relação aos municípios, a desoneração foi
aprovada pelo Congresso em 2023, enfrentando resistências, mas sendo
mantida em 2024 após um acordo.