O
governo federal, sob a gestão atual de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), decidiu manter em sigilo informações detalhadas sobre mais de
30 pesquisas de opinião encomendadas pelo Executivo desde 2022. As
pesquisas abrangem temas diversos, desde a avaliação de políticas
como o Auxílio Brasil até a percepção pública do primeiro ano do
governo Lula e questões internacionais como o conflito no Oriente
Médio. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
A decisão de não divulgar os
dados, incluindo temas, relatórios, e custos das pesquisas, foi
confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência
(Secom) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em respostas via
Lei de Acesso à Informação (LAI). A Secom classificou a
solicitação de transparência como “desarrazoada”, apoiando-se
em uma portaria de 2023 que restringe o acesso a informações
consideradas sensíveis pela Presidência.
A CGU justificou a manutenção do
sigilo ao afirmar que a divulgação das pesquisas poderia levar a
interpretações distorcidas e afetar políticas públicas ainda em
formulação. Segundo o órgão, tais informações “não
constituem um dado frio” e são relevantes para decisões
governamentais futuras.
Os 33 levantamentos, que custaram
ao todo R$ 13 milhões, foram realizados pelo Instituto de Pesquisa
em Reputação e Imagem (IPRI), parte da empresa FSB, que ganhou a
licitação correspondente em 2022. O contrato com o instituto foi
concluído em abril de 2024.