O
governo federal prevê que a arrecadação em 2025 atingirá o maior
nível em 15 anos, desde o fim do segundo mandato de Luiz Inácio
Lula da Silva, em 2010. A previsão consta na proposta de orçamento
enviada ao Congresso Nacional na semana passada, destacando uma série
de medidas tributárias e o crescimento econômico como principais
fatores para o aumento das receitas.
Segundo a projeção do Ministério
da Fazenda, a receita corrente líquida deve alcançar 19% do PIB em
2025, o que representa a segunda maior marca da série histórica
iniciada pelo Tesouro Nacional em 1997. Este percentual fica atrás
apenas do recorde de 2010, quando atingiu 20,2%, e está bem acima da
média histórica de 17,7%.
O aumento da arrecadação é
impulsionado por ações como a retomada da tributação sobre
combustíveis, mudanças no ICMS, e a taxação de “offshores” e
apostas eletrônicas. Além disso, o crescimento do PIB, estimado em
2,6% para 2025, também tem contribuído para esse resultado
positivo. Rogério Ceron, do Tesouro Nacional, afirmou que o bom
desempenho da economia no segundo trimestre pode levar a uma revisão
das projeções para o próximo ano.