A
arrecadação federal atingiu um recorde histórico em agosto de
2024, somando R$ 201,6 bilhões, de acordo com dados divulgados pela
Receita Federal. Esse valor representa um aumento real de 12% em
comparação com o mesmo mês de 2023, quando foram arrecadados R$
180,1 bilhões (valores ajustados pela inflação). Foi a primeira
vez que a arrecadação superou a marca de R$ 200 bilhões para o mês
de agosto desde o início da série histórica, iniciada em 1995.
No acumulado de 2024 até agosto, a
arrecadação federal totalizou R$ 1,731 trilhão, com um crescimento
real de 9,47% em relação ao mesmo período do ano anterior. O
desempenho expressivo foi impulsionado por vários fatores, como o
aumento na arrecadação de fundos de investimento, a tributação
sobre combustíveis (PIS/Cofins) e a entrada de R$ 7,4 bilhões
relacionados à regularização de bens e direitos no exterior no
Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva destacou os sucessivos recordes de arrecadação ao renovar seu
famoso bordão: “nunca antes na história desse país”. Entre as
medidas que contribuíram para esse desempenho está a tributação
de fundos exclusivos e “offshores”, que impulsionaram a
arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) em 19,31% no
acumulado de 2024.
Além disso, o crescimento da
economia brasileira em 2024 também tem favorecido os resultados
fiscais. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% no
segundo trimestre, levando o governo a revisar a projeção de
crescimento anual para 3,2%, superando as expectativas do mercado.