(Foto: Jair Bolsonaro reagiu neste sábado (19/10) às notícias de que será indiciado no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022, após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a)
Jair
Bolsonaro reagiu neste sábado (19/10) às notícias de que será
indiciado no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado em
2022, após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a
coluna de Guilherme Amado, da Metrópoles, o ex-presidente e alguns
de seus principais aliados, como os generais Augusto Heleno, Walter
Braga Netto e o ex-ministro Anderson Torres, serão formalmente
acusados pela Polícia Federal em novembro.
Bolsonaro negou veementemente as
acusações e afirmou que nunca tomou providências para instaurar um
Estado de Sítio, medida que estaria supostamente contida em uma
minuta encontrada com seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid. “É mais
uma da PF criativa do Alexandre [de Moraes]. Não existe decreto de
Estado de Sítio. O presidente que quiser decretar Estado de Sítio
deve enviar uma exposição de motivos para o Congresso, ouvir o
Conselho da República e o Conselho da Defesa. Cadê a exposição de
motivos? Não tem, porque nunca tomei nenhuma medida concreta sobre
isso”, afirmou, em telefonema para a coluna às 6h50 da manhã,
poucas horas após a publicação da notícia.
Em sua defesa, Bolsonaro argumentou
que o possível indiciamento faz parte de uma estratégia para manter
sua inelegibilidade. “Querem se garantir com uma condenação”,
disparou o ex-presidente, referindo-se à decisão judicial que já o
impediu de concorrer em futuras eleições.
Bolsonaro ainda fez questão de
reforçar que, apesar das críticas que recebeu por seu comportamento
enquanto presidente, sempre respeitou a Constituição, que, segundo
ele, era sua “leitura de cabeceira e de banheiro”. “Eu estudei
toda a Constituição desde que assumi. A Constituição tem que ser
a leitura de cabeceira ou ficar no banheiro. Eu leio no banheiro. Era
minha leitura de cabeceira e de banheiro. Sempre falei nas quatro
linhas, nunca fiz nada fora”, declarou.
Descrevendo as acusações como
infundadas, Bolsonaro minimizou a gravidade das denúncias,
classificando-as como exageradas. “Os caras estão fazendo uma
tempestade dentro de uma garrafa plástica”, ironizou.