O
ex-presidente Michel Temer, aos 84 anos, fez críticas ao governo de
Lula, afirmando que a administração atual carece de um projeto
claro para o Brasil. Ele apontou a recente alteração nas metas do
arcabouço fiscal como um indicativo negativo, ressaltando a
relevância do teto de gastos e das reformas que implementou durante
seu mandato, que se estendeu de setembro de 2016 a dezembro de
2018. Temer expressou sua preocupação com a falta de um plano
definido no governo atual, contrastando com sua própria experiência,
onde havia um direcionamento claro. Ele acredita que a ausência de
um projeto abrangente e a falta de coesão na equipe governamental
podem resultar em insegurança e instabilidade no país.
Em relação à situação fiscal,
o ex-presidente defendeu que a ideia do teto de gastos continua
pertinente, mas deve ser rigorosamente aplicada. Ele também elogiou
o desempenho do MDB nas eleições recentes, afirmando que o partido
se firmou como uma importante força política de centro no cenário
brasileiro. Sobre o ambiente político atual, Temer observou que
as tensões estão diminuindo e que a radicalização política
parece estar em declínio. Ele enfatizou a necessidade de maior
transparência nas emendas do Congresso e a responsabilidade dos
parlamentares em relação à gestão orçamentária, destacando a
importância de um diálogo construtivo para o futuro do país.