A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4) projeto de lei
que concede pensão especial mensal e vitalícia, equivalente ao teto do
Regime Geral de Previdência Social, atualmente em R$ 7.786,02, para
pessoas com deficiência permanente decorrente de microcefalia associada à
infecção pelo vírus Zika. A proposta também concede indenização por
dano moral, no valor de R$ 50 mil.
O projeto de lei aprovado será enviado à sanção presidencial.
Guillain-Barré
Uma das emendas aprovadas, de autoria da senadora Mara Gabrilli
(PSD-SP), retira da lista de beneficiados pessoas com deficiência
permanente decorrente da Síndrome de Guillain-Barré associada à infecção
pelo Zika.
Outra emenda aprovada prevê que a pensão seja paga também como abono a
título de 13º salário, além de poder acumular com outros benefícios da
Previdência no valor de um salário mínimo, com o Benefício de Prestação
Continuada (BPC) e com a indenização prevista.
Uma terceira emenda impede a transmissão da pensão após a morte do
beneficiário para pessoa legalmente responsável que comprove ter cuidado
do paciente desde o nascimento até o óbito.
Laudo
Para receber a pensão, deverá ser apresentado laudo de junta médica
pública ou privada responsável pelo acompanhamento da pessoa
beneficiária.
O projeto ainda amplia em 60 dias o salário-maternidade e a
licença-maternidade para casos de nascimento de criança com microcefalia
decorrente do vírus Zika. A decisão vale, inclusive, para adoção ou
guarda judicial.
Já a licença-paternidade prevista na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), de 5 dias, será estendida para 20 dias para os casos em questão.