A Meta, responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, enviou sua
resposta à notificação do governo Lula, feita por meio da
Advocacia-Geral da União (AGU). A empresa tinha prazo até a meia-noite
para esclarecer o fim do sistema de checagem de fatos em suas
plataformas.
No documento, o governo também solicitou explicações sobre as ações
planejadas pela companhia para combater “crimes de violência de gênero,
racismo e homofobia” no Brasil. A notificação foi enviada na última
sexta-feira, 10, após uma reunião entre o advogado-geral da União, Jorge
Messias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros integrantes do
governo. Com o recebimento da resposta, uma reunião técnica foi marcada
para esta terça-feira, 14, para avaliação dos esclarecimentos
apresentados pela big tech norte-americana.
Entre as novas diretrizes adotadas pela Meta está a moderação de
conteúdos classificados como “nocivos” somente quando denunciados por
usuários, além de uma maior exposição a publicações de teor político.
Segundo a empresa, o objetivo é incentivar a liberdade de expressão.
A mudança, no entanto, gerou inquietação no governo. O CEO da Meta,
Mark Zuckerberg, criticou as regulações impostas por alguns países,
destacando a existência de “tribunais secretos” que, segundo ele,
ordenam a remoção de conteúdos de forma arbitrária, em uma possível
alusão ao sistema judiciário brasileiro.