A crescente influência da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, nos
bastidores do Palácio do Planalto tem gerado forte insatisfação entre
aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fontes próximas ao
governo alertam que sua postura interfere diretamente na articulação
política e pode se tornar um fator desestabilizador para a gestão
petista.
Segundo apuração exclusiva, ministros e assessores reclamam que Janja
tem dificultado o acesso ao presidente, além de atuar em decisões
estratégicas sem a devida interlocução com setores do governo. “Se Lula
não colocar um freio, ela vai derrubar esse governo”, afirmou um aliado
do alto escalão, sob condição de anonimato.
Os desentendimentos internos se intensificaram após a primeira-dama
protagonizar episódios polêmicos. No G20 Social, por exemplo, Janja
insultou o bilionário Elon Musk, gerando um constrangimento diplomático
que obrigou Lula a intervir e minimizar a situação. Além disso, sua
atuação independente em agendas presidenciais, como visitas a áreas de
desastre sem a presença do presidente ou do vice, levou a oposição a
questionar sua legitimidade e até protocolar pedidos de investigação na
Procuradoria-Geral da República.
Parlamentares da base aliada também demonstram preocupação com a
influência da primeira-dama nas decisões políticas e na comunicação
oficial do governo. “Ela ignora ministros, atropela a articulação e está
gerando um ruído desnecessário. Isso pode custar caro para o governo”,
afirmou um líder partidário.
Se a influência de Janja não for contida, sua atuação pode comprometer a estabilidade política da gestão petista.